quinta-feira, 16 de setembro de 2010

"O toque de Midas", mas ao contrário!


Na sequência de notícias vindas a público, dando conta de atrasos, nos vencimentos dos funcionários que trabalham nos quiosques do alojamento particular, a DdF, foi tentar saber junto destes, qual o ponto da situação:

DdF - Boa tarde, qual é o ponto da situação relativamente aos vossos vencimentos?

Funcionário - Iniciámos o nosso trabalho no dia 11 de Julho, e até ao dia 8 de Setembro ainda não nos tinham pago absolutamente nada. Felizmente no dia 9 de Setembro pagaram-nos um mês de ordenado. Esperamos que a breve prazo nos paguem o restante.

DdF - Foram-vos dadas razões para justificar este atraso?

Funcionário - Foram dadas várias, mas a principal foi que a C.M.N. não tinha pago o subsídio, que serve para pagar os nossos ordenados!

DdF - Qual é o vosso estado de espírito neste momento?

Funcionário - É de alguma revolta, pois passei um Verão inteiro a trabalhar e agora gostaria de receber!
Mas digo-lhe, independentemente da resolução desta questão ou não, nunca mais me apanham aqui!

DdF - Porque diz isso? Só pelo atraso dos ordenados?

Funcionário - Para além desta questão, há também o facto de lá se deslocar muito pouca gente! Não se faz nada! Encaminhamos as pessoas para o turismo e quando temos alguém à procura de quarto, não temos preços para lhes dar, acabando por se irem embora chateados!

DdF - Já lhe aconteceu alguma situação caricata?

Funcionário - Ui, nem imagina o que nós passamos aqui, somos muitas vezes ofendidos por turistas e pelas próprias associadas, que nos vêm tirar satisfações, por alugarmos a casa da vizinha e não a dela.

A DdF conclui: o que poderia ter sido uma solução, tornou-se num problema por falta de coragem política! Enquanto a "corretagem selvagem" for prática corrente, é dinheiro mandado fora!

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