sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Serviço público de WC

era bem feito

Como é sabido, tenho um snack-bar na Avenida Vieira Guimarães, já lá vão 7 anos.
Entre muitas dificuldades e complexidades com que me deparei desde que aqui cheguei, existe uma que ainda hoje me deixa com os estômago às voltas, sempre que se repete.

Detesto que me entrem pela casa dentro, usem o WC a seu belo prazer sem pedir licença e saiam pela mesma porta sem sequer agradecer.
Não falo, claro, daqueles que enquanto clientes se servem desse espaço. 

Será que como comerciante tenho de fornecer este serviço público? 

Quem paga a água?
Quem paga a luz?
Quem paga o saneamento básico? (foi aumentado este ano para mais do dobro)
Quem paga o papel higiénico?
Quem paga o sabonete liquido?
Quem paga os detergentes usados na limpeza?
Quem paga a colaboradora que 3 vezes ao dia o limpa?
Quem paga a renda da loja onde o WC está instalado?

Eu até compreendo que não existem WC´s públicos na zona, existe um na parte traseira do mercado e outro na Praça Manuel Arriaga, o que não deve dar muito jeito a quem está aflito, mas um "se faz favor" custa assim tanto?
Existem alturas em que me sinto invisível dada a indiferença com que me tratam.

Os responsáveis desta terra em vez de andarem a falar em "marinas", "teleféricos", etc, etc não conseguem maneira de colocar um WC publico nesta zona?

As autarquias precisam de uma lei que lhes diga que não podem gastar mais do que ganham, eu não, porque quem paga sou eu.

Tendo a noção que é uma situação que nunca será resolvida na sua totalidade, é urgente que se encontre uma forma de minimizar a despesa e o incómodo que tudo isto causa aos comerciantes.

Uma praia que se quer reconhecida e desejada não pode nunca deixar de oferecer um serviço essencial a quem nos visita.

P.S. - já agora metam também uns chuveiros nas saídas da praia, ao menos assim quando vierem utilizar o serviço, não me deixam o chão cheio de areia.

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